DEBATE 1
Ontem aconteceram vários debates por toda
Santa Catarina, transmitidos pela RBS TV. Em Blumenau a coisa foi tão morna
quanto à campanha eleitoral na cidade. Os cinco candidatos apresentaram mais o
que já fizeram do que realmente pretendem fazer. A maior parte do tempo foi
destinado a minar a administração do também candidato Napoleão Bernardes
(PSDB). Jean Kuhlmann (PSD), por aparecer em primeiro nas pesquisas, se portou
estrategicamente mais na espreita enquanto os outros três candidatos, Ivan
Naatz (PDT), Arnaldo Zimmermann (PCdoB) e Valmor Schiochet (PT), trataram de
atacar a atual administração com os assuntos mais cabeludos, que são o
transporte coletivo, aumento da taxa de lixo e esgoto e as famigeradas catracas
colocadas pelo prefeito no prédio da prefeitura.
No mais, tudo ficou mesmo para o dia 2 de
outubro.
DEBATE 2
Nas demais cidades, como Florianópolis,
Criciúma e Joinville, onde se esperava um debate mais acalorado, as coisas
também ficaram muito amigáveis e ninguém quis se expor perante o eleitor, mesmo
aqueles candidatos que precisavam ser mais incisivos para desconcertar o
adversário que aparece em primeiro nas pesquisas.
É certo que, além de Blumenau, Florianópolis
e Joinville terão segundo turno porque nenhum candidato conseguiu um desempenho
acima da média.
Em Joinville deverão ir para o segundo turno
o atual prefeito Udo Dohler (PMDB) e Darci de Matos (PSD). Já em Blumenau o
também atual prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) deve figurar no segundo turno
com o primeiro colocado nas pesquisas, o deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD).
Já Florianópolis terá no segundo turno o
candidato Gean Loureiro (PMDB) e a ex-prefeita Ângela Amin (PP). A partir daí
começa uma nova eleição, onde todos terão o mesmo tempo de TV, rádio e jornal e
poderão manter ou renovar as estratégias para garantir a vitória em 30 de
outubro próximo.
PREOCUPA
Os pontos mais citados por eleitores na
maioria das de cidades de Santa Catarina como decisores dessas eleições são
sempre os mesmos: saúde e educação, mas a segurança pública tem aparecido como
um quesito que merece atenção pelos candidatos.
O grande problema é que os três dependem
muito mais dos governos federal e estadual do que diretamente das prefeituras. Para
a segurança pública, cidades como Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis já
montaram suas guardas armadas, mas se isso ocorrer em todas as grandes e médias
cidades do estado, pode haver um movimento dos governadores em também quererem transferir
esse custo para os municípios, já com suas finanças estranguladas pela desigual
divisão do dinheiro e das obrigações.
O governo federal fica com a maior parte dos
impostos arrecadados, seguido pelos governos estadual e municipal, mas as
grandes obrigações ficam com as cidades, que se obrigam a colocar dinheiro da
folha, por exemplo, para cobrirem os gastos.
Talvez esteja na hora de rever a divisão dos
lucros, mas tudo depende dos nobres colegas de Brasília.
Mas alguém acha que eles abrirão mão das
galinhas dos ovos de ouro?
11,8%
Não tem sido um assunto abordado nas eleições
municipais, mas o desemprego é o que mais tem chamado a atenção do brasileiro
em 2016. Neste mês de outubro o índice alcançou a casa dos 11,8%, com mais de
12 milhões de desempregados em todo o Brasil, segundo o IBGE.
Neste mesmo período de 2015, o índice era de
8,7% e em 12 meses ele aumentou pouco menos de 50%, o que é um absurdo para um
país como o Brasil.
E o pior de tudo é que não se tem um quadro
muito favorável pelo menos até o fim desse ano. Especialistas esperam que o
Natal dê uma amenizada nessa catástrofe econômica deixada pela ex-presidente
Dilma Rousseffl, mas o bom velhinho parece que vai trazer presentes mais
modestos em 2016.
AOS DESAVISADOS
Para quem gosta de tirar “selfies” em dia de
eleição no momento da votação, cuidado, pois isso é proibido e ainda, se for
pego, pode sair da sessão com uma multa que varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
Segundo a legislação, é terminantemente proibida
qualquer forma de filmagem ou registro fotográfico durante a votação para que o
voto seja feito de forma individual e livre.
Então para aqueles que aparecerem na sessão
portando celular, filmadoras ou máquinas fotográficas, devem primeiro deixar
seus equipamentos com o mesário e só depois se dirigirem a cabine de votação.
Outro problema comum mencionado pelos
mesários são as atitudes de espertalhões, que acabam deixando santinhos dos
seus candidatos para que outros eleitores indecisos saibam que ele existe e
acabam votando nele.
Isso também é proibido e quem for pego
cometendo tal delito, pode até ser encaminhado para a delegacia.
Portanto, esperamos que os eleitores se comportem.
RECADO
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